Viva um dia de cada vez e faça dele uma obra prima!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Atividades de Lingua Portuguesa dos dias 30 e 31 de agosto - turma 1401

Segunda-feira, 30/08/2010:

1)Conjugue:
a) sentir no futuro do presente
b) imaginar no pretérito perfeito
c) viver no presente
d) fingir no pretérito perfeito
e) aproveitar no presente
f) merecer no futuro do presente
g) permitir no presente
h) consolar no pretérito perfeito
i) esquecer no pretérito perfeito
j) combinar no presente

2) Complete as frases com o verbo e o tempo determinados nos parênteses:
a) Tu _________ meu maior segredo. ( descobrir - pretérito perfeito )
b) Eles ________ recompensados pela sua coragem. ( ser - futuro do presente )
c) Eu não __________ que você fez isso. ( acreditar - presente )
d) Nós nos ____________na festa da escola. ( apresentar - futuro do presente )
e) Ela ______________ nessa história sem cabimento. ( insistir - presente )
f) Vós __________ muito bem as regras do jogo. ( conhecer - presente )
g) Elas __________ ser expulsas da sala com este comportamento.
(conseguir - futuro do presente )
h) Tu _____________ quando chegar a tua vez. ( saber - futuro do presente )
i) Nós ____________ o dia inteiro. ( brincar - futuro do presente )
j) Ele ___________ cansado hoje. ( parecer - presente )
k) Eles ___________ soterrados a 700 metros de profundidade.
( ficar - pretérito perfeito )
l) Vós ________ e _____________ as mesas todas imundas de tinta.
( pintar/deixar - pretérito perfeito )

Terça-feira, 31/08/2010:
Atividades da apostila de revisão de Língua Portuguesa distribuida na data de hoje.
Obs: Amanhã a saída da turma 1401 será às 9:30h.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Texto para o teste de 30/08/2010

O GALO QUE CANTAVA PARA FAZER O SOL NASCER
Era uma vez um galo que acordava bem cedo todas as manhãs e dizia para a bicharada do galinheiro:
– Vou cantar para fazer o sol nascer... Ato contínuo, subia até o alto do telhado, estufava o peito, olhava para o nascente e ordenava, definitivo:
– Có-có-ri-có-có...
E ficava esperando.
Dali a pouco a bola vermelha começava a aparecer, até que se mostrava toda, acima das montanhas, iluminando tudo.
O galo se voltava, orgulhoso, para os bichos e dizia:
– Eu não falei?
E todos ficavam boquiabertos e respeitosos ante poder tão extraordinário conferido ao galo: cantar para fazer o sol nascer.
Ninguém duvidava. Tinha sido sempre assim. Também o galo-pai cantara para fazer o sol nascer, e o galo-avô.
Tal poder extraordinário provocava as mais variadas reações.
Primeiro, os próprios galos não estavam de acordo. E isto porque não havia um galo só. Quando a cantoria começava, de madrugada, ela ia se repetindo pelos vales e montanhas. Em cada galinheiro havia um galo que pensava a mesma coisa e julgava todos os outros uns impostores invejosos. Além do que não havia acordo sobre a partitura certa para fazer o sol nascer. Cada um dizia que a única verdadeira era a sua – todas as outras sendo falsificações e heresias. Em cada galinheiro imperava o terror. Os galos jovens tinham de aprender a cantar do jeitinho do galo velho, e, se houvesse algum que desafinasse ou trocasse bemóis por sustenidos, era imediatamente punido. Por vezes, a punição era um ano de proibição de cantar. Sendo mais grave o desafino, ameaçava-se com o caldeirão de canja do fazendeiro, fervendo sobre o fogão de lenha.
[...]
Depois havia grande ansiedade entre os moradores do galinheiro. E se o galo ficasse rouco? E se esquecesse da partitura? Quem cantaria para fazer nascer o sol? O dia não amanheceria. E por causa disso cuidavam do galo com o maior cuidado. Ele, sabendo disso, sempre ameaçava a bicharada, para ser mais bem tratado ainda.
– Olha que eu enrouqueço!, dizia. E todos se punham a correr, para satisfazer as suas vontades.
[...]
Aconteceu, como era inevitável, que certa madrugada o galo perdeu a hora. Não cantou para fazer o sol nascer.
E o sol nasceu sem o seu canto.
O galo acordou com o rebuliço no galinheiro. Todos falavam ao mesmo tempo.
– O sol nasceu sem o galo... O sol nasceu sem o galo... O pobre galo não podia acreditar naquilo que os seus olhos viam: a enorme bola vermelha, lá no alto da montanha. Como era possível? Teve um ataque de depressão ao descobrir que o seu canto não era tão poderoso como sempre pensara. E a vergonha era muita.
Os bichos, por seu lado, ficaram felicíssimos. Descobriram que não precisavam do galo para que o sol nascesse. O sol nascia de qualquer forma, com galo ou sem galo.
Passou-se muito tempo sem que se ouvisse o cantar do galo, de deprimido e humilhado que ele estava. O que era uma pena: porque é tão bonito. Canto de galo e sol nascente combinam tanto. Parece que nasceram um para o outro.
Até que, numa bela manhã, o galinheiro foi despertado de novo com o canto do galo. Lá estava ele, como sempre, no alto do telhado, peito estufado.
– Está cantando para fazer o sol nascer?, perguntou o peru em meio a uma gargalhada.
– Não, ele respondeu. Antes, quando eu cantava para fazer o sol nascer, eu era doido varrido. Mas agora eu canto porque o sol vai nascer. O canto é o mesmo. E eu virei poeta.
ALVES, Rubem. Estórias de bichos. 2. ed. São Paulo: Loyola, 1990. p. 22-5.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

1401 Atividades de Língua Portuguesa 25/08

Verbo: 3ª conjugação: IR
Partir

Presente
Eu parto
Tu partes
Ele parte
Nós partimos
Vós partis
Eles partem

Pretérito Perfeito
Eu parti
Tu partiste
Ele partiu
Nós partimos
Vós partistes
Eles partiram

Futuro do Presente
Eu partirei
Tu partirás
Ele partirá
Nós partiremos
Vós partireis
Eles partirão

Atividades:

1) Conjugue os verbos abrir, assistir, dividir e dormir nos tempos presente, pretérito perfeito e futuro do presente.

2) As frases a seguir estão no tempo presente. Reescreva-as nos tempos pretérito perfeito e futuro do presente.
A) Eu lavo a louça e ela enxuga e guarda.
B) Eles jogam bola e estudam na mesma escola.
C) O vento bate e a porta abre e fecha toda hora.
D) As pessoas brincam e se refrescam na praia.
E) Eu ligo o computador e digito meus trabalhos.
F) Tu comes demais e passas mal.
G) Eu pinto as flores, tu retocas os contornos e ela recorta as folhas.
H) Ela escreve mil histórias e imagina vários personagens.
I) Vós cantais e dançais durante a minha festa.
J) O carro passa a toda velocidade e avança os sinais.




sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Texto para o teste de 23/08/2010

Você já ouviu falar do Negrinho do Pastoreio? O que sabe sobre ele?
Uma das mais conhecidas lendas do folclore brasileiro, principalmente no sul
do Brasil, é a do Negrinho do Pastoreio.
Existem muitas versöes para ela, inclusive cantigas. E uma história antiga,
que mostra os sofrimentos dos escravos. Até hoje, para algumas pessoas,
acender uma vela para o Negrinho ajuda a encontrar o que se perdeu.

O N E G R I N H O D O P A S T O R E I O
Era vez um estancieiro muito rico, mas egoísta e mau, que não dava esmola aos pobres, nem ajudava a ninguém. Tinha um filho sardento, feio e perverso, e um escravo, ainda menino, preto como carvão, bonitinho e bondoso, a quem todos chamavam de Negrinho.
O escravo não tinha nome nem padrinho; por isso, se dizia afilhado de Nossa Senhora, que é a madrinha dos que não a têm. Mal raiava o dia, o Negrinho montava um cavalo baio e saía para pastorear o rebanho do seu senhor. Trabalhava o dia todo, e quando voltava, à noite, para casa, ainda tinha de sofrer as maldades do filho do estancieiro.
Certo dia, um vizinho disse que o seu cavalo era mais veloz do que o baio do estancieiro e o desafiou para uma corrida. Apostaram uma grande quantia de dinheiro. O estancieiro mandou que o Negrinho montasse o seu cavalo. Mas, quase no fim da corrida, quando já estava na frente, o baio se espantou e o outro cavalo venceu.
O estancieiro ficou indignado por ter perdido a aposta e pôs toda a culpa no Negrinho. Chegando em casa, deu no escravo uma surra de chicote até ver o sangue escorrer. E no dia seguinte, pela madrugada, ordenou que ele fosse pastorear trinta cavalos, durante trinta dias, num lugar muito distante e deserto. Lá chegando, cheio de dores pelo corpo, o escravo começou a chorar, enquanto os cavalos pastavam. Veio a noite escura, apareceram as corujas, e o Negrinho ficou tremendo de pavor. Mas, de repente, pensou na sua madrinha, Nossa Senhora, e então sossegou e dormiu.
Durante a noite, os cavalos se assustaram e fugiram, espalhando-se pelo campo. O Negrinho acordou com o barulho, mas nada pôde fazer, porque a cerração era muito forte. Apareceu, nessa ocasião, o filho do estancieiro que, maldosamente, foi contar ao pai que o Negrinho tinha deixado, de propósito, os cavalos fugirem.
O estancieiro mandou surrar, novamente, o escravo. E, quando já era noite fechada, ordenou-lhe que fosse procurar os cavalos perdidos. Gemendo e chorando, o Negrinho pensou na sua madrinha, Nossa Senhora, e foi ao oratório da casa, apanhou um coto de vela, que estava acesso diante da imagem, e saiu pelo campo.
Por onde o Negrinho passava a vela ia pingando cera no chão e, de cada pingo, nascia uma nova luz. Em breve, havia tantas luzes que o campo ficou claro como o dia. Os galos começaram a cantar e, então, os cavalos foram aparecendo, um por um. O Negrinho montou no baio e tocou os cavalos até o lugar que o senhor lhe marcara.
Gemendo de dores, o Negrinho deitou-se. Neste momento, todas as luzes se apagaram. Morto de cansaço, ele dormiu e sonhou com a Virgem, sua madrinha. Mas, pela madrugada, o filho perverso do estancieiro apareceu, enxotou os cavalos e foi dizer ao pai que o Negrinho tinha feito isso para se vingar.
O estancieiro ficou furioso e mandou surrar o Negrinho até que suas carnes ficassem retalhadas e seu sangue escorresse. A ordem foi cumprida e o pequeno escravo, não podendo suportar tanta crueldade, chamou por Nossa Senhora, soltou um suspiro e pareceu morrer.
Como já era noite, para não gastar enxada fazendo cova, o estancieiro mandou atirar o corpo do Negrinho na panela de um formigueiro, para que as formigas lhe devorassem a carne e os ossos. E assanhou bastante as formigas. Quando estas ficaram bem enraivecidas, começaram a comer o corpo do escravo. O estancieiro, então, foi embora, sem olhar para trás.
No dia seguinte, o senhor voltou ao formigueiro para ver o que restava do corpo de sua vítima. Qual não foi o seu espanto quando viu, de pé, sobre o formigueiro, vivo e risonho, o Negrinho, tendo ao lado, cheia de luz, Nossa Senhora, sua madrinha! Perto, estava o cavalo baio e o rebanho de trinta animais. O Negrinho pulou, então, sobre o baio, beijou a mão de Nossa Senhora, e tocou o rebanho, a galope.
Correu pela vizinhança a triste notícia da morte horrível do escravo, devorado na panela de um formigueiro. Mas, pouco, depois, todo o mundo começou a comentar um novo milagre. Muita gente vira, à noite, pela estrada, um rebanho tocado por um negrinho montado num cavalo baio.
E, daí por diante, quando qualquer cristão perdia alguma coisa e rezava, o Negrinho saía à sua procura. Mas só entregava o objeto a quem acendesse uma vela, cuja luz ele levava ao altar de sua madrinha, a Virgem Nossa Senhora.

THEOBALDO MIRANDA SANTOS.
Lendas e mitos do Brasil. 11. Ed. São Paulo: Nacional, 1991.

GLOSSÁRIO:
Estancieiro: dono da estância, da fazenda.
Pastorear: ato de conduzir, vigiar o gado no pasto.
Cerração: nevoeiro espesso.
Coto: resto da vela.
Panela (de um formigueiro): local onde a formiga rainha põe os ovos.
A galope: o modo de andar mais rápido do animal